ALGUNS DESLIZES QUE COMETEMOS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

Encontrei este artigo na internet e gostaria de compartilhar com vocês. Fala de alguns erros que cometemos como mães. Muitas vezes nem percebemos ou estamos cansadas demais para evitá-los e deixamos passar, mas vale à pena respirar fundo e pedir a Deus que renove nossas forças para criarmos nossos filhos da melhor maneira possível, porque nós os amamos e queremos o melhor para eles. Na verdade, como já sabemos o melhor para eles nem sempre é o que eles querem, e muitas vezes nem é o que nós mesmas queremos, mas se é o correto, nós devemos por em prática. Com certeza valerá muito a pena semear atitudes corretas na criação dos nossos filhos para colhermos os frutos no futuro.

Vamos lá ouvir algumas verdades, fazer uma autoavaliação e corrigir estes erros, se for o caso.

6  DESLIZES QUE OS PAIS COMETEM QUANDO TÊM FILHOS:

1 – CRIAR CARDÁPIO ESPECIAL (SÓ COM O QUE ELE GOSTA!)

A gente sabe que fazer uma criança comer dá trabalho, e muito! Mas é fundamental insistir. É provável que toda vez que seu filho provar um novo alimento, faça careta e até cuspa. Isso não significa que ele não gostou. Estudos mostram que você deve oferecer o mesmo alimento pelo menos 12 vezes antes que ele entre para a lista do que seu filho não gosta. Quando você cede aos apelos da criança e permite que ela coma apenas o que quer é um erro. Claro que aquele pacote de bolachas pode ser mais tentador do que um prato de arroz com feijão. “Por isso, é importante controlar o tipo de alimento que a criança ingere sempre. Se for habituada a comer coisas saudáveis não vai dar trabalho quando estiver maior”, diz Gabriela Kremer, endocrinologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

Vale reforçar que você é o exemplo. Se na hora da refeição, seu filho perceber, por exemplo, que no seu prato não tem nenhum legume e no dele, sim, vai ficar difícil convencê-lo de que é importante comer esse tipo de alimento. “A criança se espelha nos pais. Assim, se eles se alimentam bem, as chances de ela fazer o mesmo aumentam”, diz Gustavo Teixeira, psiquiatra especializado em comportamento infantil, do Rio de Janeiro.

2 – CEDER AOS ATAQUES DE BIRRA…

A criança faz birra para testar os limites dos pais, expressar suas vontades e… conseguir tudo o que quer. As crises são quase um pedido inconsciente de ajuda para lidar com uma frustração. Ceder a ela é o caminho mais fácil, mas não o melhor. “Os pais devem compreender que educar também é dar limites. Em lugar algum, as pessoas podem agir como querem”, diz a psicóloga Heloisa Chiattone, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). Infelizmente, não existe uma fórmula infalível para acabar com a birra. Ela é importante porque faz parte do desenvolvimento e vai diminuindo aos poucos, com o amadurecimento. Perceber a birra antes de ela começar é uma forma de evitar que isso aconteça com frequência. Geralmente, é uma manha, um pedido que não pode ser realizado, um lugar muito agitado e cheio de gente ou sono, cansaço etc. E se ele explodir, mantenha a calma, mude o foco da criança e só depois converse sobre o que aconteceu.

3 – EXPLICAR-SE DEMAIS…

Por que tenho que dormir? De onde vêm os bebês? Por que tenho que tomar banho? Por quê? Questionar é normal, faz parte do desenvolvimento, mas como tudo na vida, há um limite. “Se a criança tem dúvidas reais, os pais devem, sim, se dispor a conversar e esclarecer o que quer que seja. No entanto, quando seu objetivo é se impor, chamar atenção, enfrentar, os pais devem colocar um ponto final na discussão“, diz Gustavo Teixeira.

Quando as explicações, sejam elas pertinentes ou não, se estendem muito, as crianças tendem a se dispersar. Então, quanto mais objetiva e rápida for a conversa, melhor será a compreensão. “Sermões de cinco minutos sobre o porquê disso ou daquilo acabam sendo inúteis. A criança fica confusa e se esquece do motivo da conversa”, afirma Teixeira.

4 – IMPOR ATIVIDADES DEMAIS ÀS CRIANÇAS…

Escola, cursinho de inglês, aulas de natação, ballet… É cada vez mais comum encontrar crianças com agendas tão atribuladas quanto à de um adulto. Os efeitos dessa rotina agitada são bastante discutíveis. “Elas não podem ser sobrecarregadas, isso pode gerar estresse e consequentemente comprometer seu desenvolvimento”, diz Gustavo Teixeira. Por isso, os pais devem observar e respeitar os limites dos filhos e, claro, sempre consultá-los sobre o que mais gostam de fazer. E ter um tempo livre para brincar e fazer o que quiser.

5 – COMPRAR COISAS DESNECESSÁRIAS PARA O BEBÊ…

Assim que descobre a gravidez é quase irresistível não comprar tudo o que você vê pela frente. E os vendedores das lojas sabem bem disso. Mas vale a pena resistir. Separamos alguns itens supérfluos que eles dizem ser essenciais:

– Conjuntos de pagão: São compostos por uma camiseta regata, um casaquinho e uma calça de malha. Body e legs  juntos cumprem a mesma função e são mais práticos.

– Saída de maternidade: É um conjunto composto por um macacão e uma manta combinando. Se quiser, você pode tentar montar um, não precisa comprar pronto.

– Cueiro: Tecido de flanela que serve para enrolar a criança. Nunca ouviu falar? Talvez porque não seja necessário.

– Luvas: Vai se mudar para a Sibéria? Não? Então, desconsidere.

– Sapatos: Criança só anda bem mais tarde… Não gaste com isso agora!

– Conta-gotas: A maioria dos remédios vem com conta-gotas.

– Espuma para banheira: Vai dentro da banheira para evitar que o bebê escorregue. Você vai deixar o bebê sozinho na banheira? Então, não precisa.

– Almofada para amamentar: Qualquer uma serve, o ideal é esperar para ver como você se ajeita melhor.

– Saia de berço: É um enfeite apenas, além de juntar pó!

6 – MEDICAR OS FILHOS POR CONTA PRÓPRIA…

Ainda que a criança esteja com sintomas parecidos com algum que já teve, os pais não devem dar a eles o mesmo remédio. “Medicar por conta própria é muito perigoso, já que você pode mascarar algum problema maior”, diz Alessandra. A automedicação também pode anular o efeito das medicações. Por isso, há dois anos, foram revistas as normas para a venda de antibióticos, já que o uso indiscriminado do remédio estava aumentando a resistência das bactérias. “Mesmo quando falamos de problemas simples, corriqueiros, como febre ou dor de barriga, só se pode dar aquele medicamento que foi indicado pelo pediatra da criança”, afirma a médica.

Fonte: Revista Crescer – por:Nádia Mariano

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Claudia Rezende

Claudia Rezende

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